O mercado do milho encerrou a sessão desta segunda-feira (16) em campo misto na B3. O janeiro encerrou o dia com baixa de 0,2% por saca, enquanto o março e maio subiram, respectivamente, 0,43% e 0,22%. Já o julho concluiu os negócios estável.
Os contratos um pouco mais alongados tiveram, neste início de semana, certo suporte vindo também do dólar, que frente ao real vai terminando o dia com quase 1% de alta e de volta aos R$ 5,15. Os negócios foram um pouco mais limitados neste início de semana em função da falta de referência em Chicago, já que a bolsa ficou fechada nesta segunda em função do feriado do Dia de Martin Luther King comemorado nos EUA.
No entanto, Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, afirma que há alertas também sobre a Argentina neste momento. "O clima na Argentina está desfavorável, vem prejudicando a safra deles e temos uma semana de mais tempo quente e seco pela frente", diz.
Ainda na perspectiva do consultor, novos negócios podem ser fechados nesta semana, uma vez que os trabalhos de colheita da safra de verão estão acontecendo, em especial no Rio Grande do Sul.
"Temos também o milho da safra passada, ainda com bons volumes a serem negociados que estão parados nos armazéns, principalmente em cooperativas que buscam que os produtores liquidem pelo menos parte para liberar estes armazéns para a chegada da nova safra que vai avançar em colheita no final do mês em diante. Os embarques na exportação continuarão fluindo porque ainda tem muitos contratos
efetivados e que devem seguir sendo embarcados", complementa Brandalizze.
De acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nesta segunda-feira, o país exportou 2.948.526,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce). Assim, o volume acumulado apenas nestes 10 primeiros dias úteis do mês já representa 7,9% mais do que o total de 2.732.473,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de janeiro de 2022.
Fonte: Notícias Agrícolas